quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Uma aventura deste Verão - o "destrói tudo"




  • A noite estava escura, o calor era imenso, era decerto uma noite do Verão de Agosto. Ao contrário das noites mais belas do ano, em que o céu está escuro e se distinguem todos os pontinhos prateados a que chamamos estrelas, esta era uma noite em que nada disto se avistava, pois o céu estava coberto por uma camada de fumo acinzentado devido ao que alerta todos os anos a população, principalmente do interior, o "destrói tudo", como se chama a um incêndio.
    Este parecia ainda estar longe da aldeia onde estávamos - Vilarinho de Valadares, em S.Pedro do Sul, concelho de Viseu. Fomo-nos deitar por volta da meia-noite do dia 9 de Agosto.
  • Às 3H:08m da madrugada de 10 de Agosto os sinos da Aldeia tocavam… estes só tocam em alturas de missa ou de incêndio…, como era muito cedo para a missa, conclui que fosse um incêndio. Entretanto, um familiar bateu à porta do quarto onde dormíamos, levantámo-nos sobressaltados e fomos ver o que era… o “destrói tudo” tinha chegado perto da nossa casa e tudo à volta era laranja e vermelho, fumo pelo ar, fagulhas e tudo o que envolve um incêndio.
  • Arrumámos tudo á pressa e trouxemos os nossos pertences para dentro do carro. Dois dos homens da casa já regavam tudo á volta, para que as fagulhas não pegassem em mais lado nenhum. Parecia que torrávamos no inferno e o pior é que não podíamos fazer nada… Nada a não ser esperar que os bombeiros dessem conta do “recado”.
  • Às 4h30m a parte trás da casa estava livre de perigo, mas agora vinham na diagonal várias labaredas que desciam cada vez mais depressa.
    Sentados na cama de rede, esperávamos que tudo passasse. Os bombeiros continuavam atarefados e faziam contra-fogo para apagar o já iniciado. O dia amanheceu e tudo parecia mais calmo, apesar de ainda avistarem muitos sinais do “destrói tudo”
    .
  • A noite em branco já lá ia e o dia parecia que amainava o perigo. Depois de longas horas sem saber o que fazer, não havia perigo. No ar apenas restavam cinzas e a terra era castanha em vez de verde; já não transmitia a alegria de anteriormente. Felizmente, a população estava bem graças aqueles que quase se "matam" para nos proteger - os bombeiros - obrigada!!
História vivida na 1ª pessoa, na madrugada de 10 de Agosto - Vilarinho - S.Pedro do sul
Outra visão do "destrói tudo" no Macroscópio

4 comentários:

Anónimo disse...

MUITO BEM FILHOTA
EU BEM VI CONO ESTAVAS AFLITA...MAS FELIZMENTE TUDO CORREU BEM.
PARABENS PELO TEXTO
BJS
CF

Anónimo disse...

À ganda Inês a escrever assim não será difícil usurpar o título ao Sr. Zé saramago, que é o do nobel, não é!!!!

LP

Anónimo disse...

Que bela descrição.
Tiveste medo?
Ajudaste a mandar água?

Rezaste?
Explica lá o que verdadeiramente sentiste no teu coração

Tchau
beijinhos e bigada pelo bonito e sensível texto

Web

Anónimo disse...

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