A primeira casa - crónica
Um dia passámos lá à porta, já não me lembrava como ela era. Sabia que não era muito grande, mas pouco mais.
De outra vez, quando lá passámos, vimos um letreiro na janela da sala a dizer “Vende-se”. Resolvemos bater à porta. Não era que quiséssemos comprá-la, mas queria-mos recordar velhos tempos, e ver se tinham feito alterações à sua forma original.
Batemos à porta, atendeu-nos uma senhora de óculos muito grossos e lábios muito grandes. A minha mãe viu que já não era a mesma pessoa a quem tinha vendido a casa, mas não disse que já lá tinha vivido.
Entrámos para a sala, não era muito grande. Lembrei-me vagamente de ver num dos seus cantinhos, ao pé da janela, uma árvore de Natal. Poderia ter sido só por ver nas fotografias que a minha mãe guardava cuidadosamente numa gaveta do escritório, mas acho que não. Lembrava-me de algo mais.
No canto que ficava em frente da porta de entrada, havia um bar. Deste não me recordava nem um bocadinho. Era castanho-escuro e tinha muita piada, não sei bem porquê, gostava de ver em todas as casas estes barzinhos, achava-lhes piada.
Na cozinha, só me lembrava de uma coisa, talvez a única que com nitidez em toda a casa - os estores. Daqueles que sobem e descem, manuseados por uns cordõezinhos. A cozinha era estreita e tinha móveis brancos. O chão, a senhora de óculos grossos disse que os tinha substituído por outro branquinho, mas a minha mãe (já no carro) confirmou-me que ainda tinha sido ela que o tinha mudado.
Os quartos eram bastante pequenos, mal havia espaço para a cama, o roupeiro e as mesas-de-cabeceira.
Havia, ainda, uma varanda, não muito grande e uma casa de banho muito pequena, que ficava ao pé do quarto que havia sido meu.
Agradecemos à senhora e ao seu marido que tinha, também, uns óculos bastante grossos, e prometemos dar resposta, sem causar muitas expectativas, visto que a casa era muito pequena.
Já fora da casa trocámos algumas impressões e recordámos tempos passados. A minha irmã nunca tinha vivido naquela casa, pois mudámo-nos antes de ela nascer. Eu, quando de lá saí, tinha apenas três anos, daí não me lembrar de quase nada.
Mas foi engraçado, rever a primeira casa onde vivi e cresci durante os meus primeiros três anos.
De outra vez, quando lá passámos, vimos um letreiro na janela da sala a dizer “Vende-se”. Resolvemos bater à porta. Não era que quiséssemos comprá-la, mas queria-mos recordar velhos tempos, e ver se tinham feito alterações à sua forma original.
Batemos à porta, atendeu-nos uma senhora de óculos muito grossos e lábios muito grandes. A minha mãe viu que já não era a mesma pessoa a quem tinha vendido a casa, mas não disse que já lá tinha vivido.
Entrámos para a sala, não era muito grande. Lembrei-me vagamente de ver num dos seus cantinhos, ao pé da janela, uma árvore de Natal. Poderia ter sido só por ver nas fotografias que a minha mãe guardava cuidadosamente numa gaveta do escritório, mas acho que não. Lembrava-me de algo mais.
No canto que ficava em frente da porta de entrada, havia um bar. Deste não me recordava nem um bocadinho. Era castanho-escuro e tinha muita piada, não sei bem porquê, gostava de ver em todas as casas estes barzinhos, achava-lhes piada.
Na cozinha, só me lembrava de uma coisa, talvez a única que com nitidez em toda a casa - os estores. Daqueles que sobem e descem, manuseados por uns cordõezinhos. A cozinha era estreita e tinha móveis brancos. O chão, a senhora de óculos grossos disse que os tinha substituído por outro branquinho, mas a minha mãe (já no carro) confirmou-me que ainda tinha sido ela que o tinha mudado.
Os quartos eram bastante pequenos, mal havia espaço para a cama, o roupeiro e as mesas-de-cabeceira.
Havia, ainda, uma varanda, não muito grande e uma casa de banho muito pequena, que ficava ao pé do quarto que havia sido meu.
Agradecemos à senhora e ao seu marido que tinha, também, uns óculos bastante grossos, e prometemos dar resposta, sem causar muitas expectativas, visto que a casa era muito pequena.
Já fora da casa trocámos algumas impressões e recordámos tempos passados. A minha irmã nunca tinha vivido naquela casa, pois mudámo-nos antes de ela nascer. Eu, quando de lá saí, tinha apenas três anos, daí não me lembrar de quase nada.
Mas foi engraçado, rever a primeira casa onde vivi e cresci durante os meus primeiros três anos.
2 comentários:
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